É normal as pessoas sentirem-se desanimadas em alguma altura da vida. Ocasionalmente podemos sentir-nos tristes. Passamos por desafios que nos deixam “em baixo” e podemos precisar de uns tempos para nos reorganizar.
Agora, imagine que essa tristeza não desaparece e o desânimo passa a ser a companhia quase diária.
A Distimia tem como característica central o humor depressivo durante a maior parte dos dias, durante pelo menos dois anos.
As pessoas costumam descrever o que sentem como se “tivessem batido no fundo do poço”, e por uma tristeza persistente.
Dado que os sintomas acabam por se tornar parte da vida da pessoa, nem sempre é fácil o próprio perceber que algo precisa da sua atenção.
Quando o inicio da distimia é na infância ou adolescência ouve-se muitas vezes “eu sempre fui assim” e os sintomas não são descritos pela pessoa a não ser que seja questionada diretamente.
Distimia e Depressão (perturbação depressiva Major) não são a mesma coisa. Podem, no entanto, existir episódios depressivos antes ou durante o período da distimia.
A Depressão engloba outros sintomas que não fazem parte da distimia como, por exemplo: sintomas como a agitação ou lentificação psicomotora, sentimentos de inutilidade ou culpa excessivos ou inadequados, podendo existir pensamentos e ideias recorrentes de morte ou suicídio e, tentativas e planos para realizá-los. Os sintomas estão presentes durante pelo menos duas semanas consecutivas.
Alguns sintomas da Distimia (perturbação Depressiva Persistente) são:
Menos apetite do que o habitual, ou apetite aumentado
Insónia (dificuldade em dormir), ou querer dormir mais do que o habitual
Baixa energia ou fadiga
Baixa autoestima
Falta de concentração
Sentimentos de desesperança
Claro que todos estes sintomas podem afetar a qualidade de vida, o funcionamento social e ocupacional.
É importante procurar ajuda e começar um processo psicoterapêutico.